sábado, 3 de março de 2012

4. Amuleto


Tocaram-me na ferida... Espelho meu, espelho meu existe alguém mais supersticioso e crente do que eu?!? Pois é, posso não parecer mas sou uma pessoa muito espiritual... sempre fui... Toda a vida ouvi que pessoas com o meu nível de estudo (o que quer que isso queira dizer!) não podiam ser supersticiosas. Segundo dizem: a superstição está ligada a classes menos esclarecidas. Na minha opinião trata-se de um dos primeiros conceitos de humanidade: a crença torna-nos humanos, faz parte da cultura popular e isso faz de nós (os supersticiosos) pessoas mais "cultas" (não no sentido estereotipado do termo).

Aprendi com quem devia: os meus avós maternos. Sempre ligados à terra e a tentarem compreender a condição humana. Espero que cresças mais um pouco e ainda tenhas a felicidade de ter conversas filosóficas com o bisavô Chico. Por mim falo: não conheço ninguém mais "culto"! Aprendeu a ler sozinho, depois de apenas 6 meses na escola. Mas a escola dele foi outra, uma muito mais importante: a natureza. Ele lê-lhe e intui-lhe os sinais!

Regressando ao que interessa... Aqui em casa temos 3 amuletos importantes: um olho, uma pedra e um conjunto de pequenos amuletos. O olho foi a mamã que trouxe da Grécia: coloquei atrás da porta e ali se mantém desde 2008 a proteger-nos. A pedra é do papá e tem uma história bem mais engraçada: quando o papá foi operado ao apêndice tinha 3 anos. As suas primeiras memórias são desse dia... antes de ser anestesiado uma senhora auxiliar ou enfermeira, colocou-lhe uma pedra na mão e fechou-a. Quando o papá acordou a pedra estava com ele e continua sempre presente: é um olho-de-tigre. Por último os teus amuletos que te foram dados pela avó Lisete: um conjunto que te protege do «mau-olhado». Aqui estão eles...

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