segunda-feira, 18 de junho de 2012

21 meses - dentadas, mimos e birras...

Neste mês que passou sinto que passámos a ter em casa não um bebé, mas sim uma criança, com tudo o que isso tem de bom e de mau. O bom é que a independência é cada vez mais clara: chegamos a casa de uns amigos e podemos ter liberdade para te deixar explorar tudo sozinho. O mau é que a tua personalidade já está muito vincada e podemos classificá-la como sendo «difícil».





Ao que parece continuas a utilizar as dentadas para te protegeres e defenderes dos ataques de outros. No entanto, utilizas a dentada não só como expressão da tua irritabilidade e frustração, como também da tua alegria. Por exemplo, ultimamente temos brincado muito contigo na nossa cama. Adoras ver-nos a cair para cima dela... e quando nos apanhas, estás tão feliz que tentas morder-nos. Já tentámos um pouco de tudo para contrariar esta tua «tendência»: um açoite no rabo, uma pancadinha (muito leve) na boca, os castigos, um grito mais expressivo... Nada parece funcionar! Alturas houve em que na tua escolinha, educadora e auxiliares desesperavam, e todos os dias (sem excepção) nos diziam que tinhas mordido algum menino. A certa altura eu e o papá achávamos essa descrição um bocadinho exagerada, dado que em casa nunca mais nos tinhas mordido. A verdade é que durante este último mês, também tens perpetuado esta agressão em casa, connosco e com outras crianças (de quem sentes inveja ou ciúmes - na luta por um brinquedo ou por atenção!). Como esta situação das mordidelas tem piorado, a mamã foi alvo de críticas na passada reunião de final de ano da tua turma. Frases feitas como: «A educação é dada em casa!» são muito fáceis de ser ditas por pais cujos filhos não têm qualquer tipo de comportamento agressivo. No teu caso, não há nada mais que possamos fazer em casa: quando o fazes à nossa frente és repreendido com veemência mas não é por isso que não voltas a tentar! Estamos esperançados que seja uma fase curta e que passe muito em breve.





Obviamente és também muito mimado por todos nós, mas quando fazes birras ou dás dentadas, temos de nos impor com gestos ou gritos mais bruscos que por vezes resultam, e outras nem por isso. A melhor maneira de lidar com as tuas birras é nunca partir para o confronto directo, porque aí perdemos a noção de tudo e o mais certo é que percamos a guerra de poderes. Tem resultado: afastarmo-nos e ignorarmos-te. Esperneias, bates com a cabeça no chão, gritas mas pouco depois aproximas-te como se nada fosse. Outra solução tem sido mudar de assunto e chamar-te para alguma coisa que seja do teu agrado (esta técnica foi iniciada pela avó Bárbara).





Ao longo deste mês o teu desenvolvimento físico foi notável, deste o chamado «pulo». A corrida é uma constante, gostas de dar saltos no sofá, a bola é a tua melhor amiga (tens um controlo notável...) e fazes dezenas de metros a correr com ela entre os pés, adoras subir e descer escadas, já tentas pedalar no triciclo, já sobes e desces sozinho a um escorrega, já consegues atirar coisas pequenas a curtas distâncias, brincas com outros meninos à apanhada e consegues receber e atirar bolas sentado no chão.








A fala continua a desenvolver-se lentamente: vais-nos tentando imitar mas geralmente repetes apenas uma das sílabas de cada palavra. Quando queres alguma coisa, optas por nos vir buscar e dizes: «Mamã / Papá Mão!». Dás-nos a mão e levas-nos para onde queres. Outra coisa em que reparámos neste último mês foi na menor dependência da televisão: gostas de ver os desenhos animados mas não estás «agarrado» por muito tempo. Preferes ir brincar para o teu quarto com o jogo dos números (que já tentas dizer), o puzzle dos opostos ou a plasticina (que a Patrícia C. nos ofereceu no dia da criança). Na sala gostas de levar os teus livros para o sofá e "lê-los" sozinho. A mamã ofereceu-te um do «Mickey Mouse» no dia da criança que tu adoras e estás sempre a «ler». Gostas especialmente da página do Gigante Willie em que já reconheces o grande (e fazes um gesto com os braços em cima) e o pequeno (fazes um gesto com as pontas dos dedos).








Este fim-de-semana tivemos a festa de final de ano da tua escolinha. Foi na mesma quinta que o ano passado e tu adoraste. O papá não pode ir por isso foi o avô Adelino - que foi preparado com uma manta para nos sentarmos na relva. Andaste no escorrega, a brincar na casinha, a atirar palhas para o lago, a comer bocados de febras carregadas de sal... Houve ainda espaço para a «actuação» dos meninos da tua sala e tu surpreendeste-me enormemente: na actuação de música fizeste a coreografia toda e tocaste o instrumento que te calhou (dois pauzinhos de madeira), na ginástica fizeste o túnel e andaste na bola de equilíbrio. Outra surpresa muito boa foi ouvir pelo menos duas mães de meninos da tua turma dizerem que eles todos os dias falam no «Bão»/ João. 


A verdade é essa: com melhor ou pior feitio tu és Irresistível! Adoro-te!


Beijinhos grandes,


Mamã*******