40 semanas - quando é que chegas?

Já não há muito mais a dizer... Quero apenas deixar o testemunho de uma gravidez que correu às mil maravilhas. Senti-me sempre uma rainha, e fui acarinhada por tanta gente que só posso dizer que estar grávida foi (está a ser...) a maior dádiva de todas. Todas as mulheres do mundo mereciam passar pelo menos uma vez na vida este período incrível: em que 2 são 1. Acho que vou ter saudades da barriga, dos olhares, das festinhas, dos favores que me foram concedidos (autênticas mordomias!), dos pontapés, das sestas. De qualquer forma, o mais importante está quase a chegar. És tu, meu amor...


Quando é que chegas? O pai e a mãe já não precisam de preparar nada, está tudo à tua espera. Até à avó Bárbara conseguiu terminar o saquinho em ponto cruz que vai carregar a tua primeira roupa. As malas estão atrás da porta! Por favor, dá-me um sinal...

Até já,

Com muito amor,

Mamã e Papá

39 semanas - e tu que nunca mais chegas...

Parece que o comboio já passou e nós não o apanhámos. Parece que o tempo não passa. Parece que os minutos se tranformaram em anos-luz. Estamos tão ansiosos por te ver que não nos apetece fazer mais nada a não ser esperar... Agora estamos a um passo de te ter. Temo-nos esforçado para que saias o mais cedo possível: ontem e hoje andámos pela praia, subimos colinas e rochedos e fizemos outras coisas que nos disseram que podiam acelerar o parto! Espero que sim, porque já não consigo controlar esta emoção antecipada de sofrer no parto e de tudo se desvanecer quando te lançarmos um primeiro olhar. Temos de esperar pela lua. Está quase...

Até já,

Mamã e Papá

38 semanas - um até logo às férias

Cada vez mais próximos do dia D e da hora H. E nem um, nem outro. Nenhum deles chega! Esta semana foi de adpatação à realidade: acabaram-se as férias de Verão. De qualquer forma fica aqui uma imagem do dia de hoje, de despedida na Praia da Comporta. Uma barriga de 38 semanas! As férias, essas, só voltam para o ano e com uma logística bastante mais apertada: carrinho, cama de viagem, fraldas, e outras coisas que tais.
Como o pai diz: «Acho que nunca, na vida, estive tão ansioso para limpar uma cagada!». Queremos tanto conhecer-te! Hoje na caixa do correio estava mais uma carta para ti, desta feita foi o bisavô Manel que te escreveu em verso. Eu não abri, mas a avó contou-me... Vou guardar estas preciosidades até que tenhas idade para lhes dar valor.
Entretanto, no que diz respeito a preparativos já temos tudo terminado: as malas de maternidade, o teu quarto, o berço que vai ficar ao meu lado. Dei-me ao trabalho de preparar as tuas primeiras roupinhas na companhia do pai: escolhemos juntos e cada uma delas foi individualizada em forma de trouxa, enrolada numa fralda de pano e decorada com uma fita de cetim e um número em feltro. Fizemos a mala a correr no dia 30 á noite, porque eu e o teu pai estávamos convencidos que nascias no dia seguinte na consulta do hospital em que me fizeram o toque. As palavras da médica foram bem claras, não tinha ainda chegado a tua hora. Assim sendo, resta-nos esperar só mais um bocadinho. Como já temos tudo pronto, fica agora um vazio que queremos rapidamente preenchido por ti.

Até já, meu arco-íris,

Mãe e Pai